Seleção feminina de futebol
Divulgação / KOHEI CHIBAGARA

A bola começou a rolar para o futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, antes mesmo do tradicional desfile que marca a abertura oficial do torneio.

Na manhã desta quarta-feira (21), as meninas do Brasil, lideradas por Marta, venceu a China por 5 a 0, em Miyagi. Por falar na maior jogadora de todos os tempos, ela marcou duas vezes, ficando a 3 gols de superar a também brasileira Cristiano como maior artilheira do torneio. Debinha (1) e Andressa Alves (2), completaram a goleada. Com os seus dois gols, a camisa 10 também se tornou a única atleta a balançar as redes em cinco edições diferentes do torneio.

Brasil e China não foram as únicas equipes a entrar em campo hoje.  Destaque para a vitória da Suécia sobre os Estados Unidos por 3 a 0 e para a incrível goleada de 10 a 3 da Holanda sobre Zâmbia. A Grã-Bretanha também estreou vencendo o Chile por 2 a 0.

O primeiro dia dos Jogos de Tóquio também ficou marcado por protesto antirracista de cinco seleções: as jogadoras de Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Suécia se ajoelharam no campo, gesto que ficou mais popularizado após o assassinato do norte-americano George Floyd, no ano passado.

A seleção brasileira volta a campo sábado, às 8h (horário de Brasília), pela segunda rodada do Grupo F, de novo em Miyagi, para enfrentar a Holanda, considerada uma das favoritas ao título. Depois, o Brasil enfrentará Zâmbia, dia 27, encerrando a fase inicial.

Não é fake news: Marta quebra mais um recorde nas Olimpíadas de Tóquio

Marta
Divulgação / Molly Darlington

Com os dois gols marcados diante da China, a Rainha Marta se tornou a primeira jogadora a fazer gol em cinco edições de Olimpíadas.

Mas, não para por aí. A eleita seis vezes melhor jogadora do mundo e considerada a maior de todos os tempos, agora soma 12 gols em Jogos Olímpicos. Está a 2 de igualar e a 3 de superar Cristiane, também brasileira e uma lenda da modalidade.

Na disputa para bater mais esse recorde, Marta tem a companhia da canadense Christine Sinclair, que fez o gol da sua seleção no empate em 1 a 1 com o Japão, também contabilizando 12 gols nos Jogos. A brasileira até poderia ter ficado na frente nesta quarta, mas com total espírito de equipe e mostrando porque é maior de todas, abriu mão da cobrança de pênalti, convertida por Andressa Alves.

Em Tóquio Formiga participa da 7ª edição seguida dos Jogos Olímpicos

Formiga nas Olimpíadas de Tóquio
Reprodução: Instagram

Aos 43 anos, a história da baiana Miraildes Mota , a Formiga se mistura com a história do futebol feminino nos Jogos Olímpicos.

Presente em todas as edições desde que a modalidade estreou, em Atlanta-1996, ela está no Japão para sua sétima e (talvez) última Olimpíada, em busca do tão sonhado e inédito ouro.

A estreia das mulheres no futebol olímpico foi em 1996. Formiga, então com 18 anos, jogava ao lado de craques como, Sissi, Kátia Cilene e Pretinha..

Ela era a caçula do time comandado por José Duarte, mas já era titular. No entanto, na semifinal, o Brasil sofreu a virada da China nos últimos minutos e ainda perdeu a disputa do terceiro lugar, saindo sem medalha.

Quatro anos depois, em Sydney, o roteiro foi parecido, com derrota na semifinal para os Estados Unidos por 1 a 0 e nova derrota na disputa do bronze. Já em Atenas-2004, ela foi pela primeira vez ao pódio. A medalha de prata veio após uma derrota na final para os Estados Unidos na prorrogação. E em Pequim-2008, novamente uma prata, e mais derrota para os EUA, dessa vez no tempo extra. Partida na qual, o Brasil foi superior, mas não conseguiu sair com título. O outro nunca esteve tão próximo.

Nos Jogos de Londres, em 2012, a seleção teve sua pior campanha, parando nas quartas de final após ser derrotada pelo Japão. E, na Olimpíada do Rio, em 2016, o Brasil ficou sem medalha após ser eliminado nas semifinais pela Suécia, nos pênaltis e perder para o Canadá na disputa da medalha de bronze.

Curiosamente, a atual técnica do Brasil, Pia Sundhage, comandava a Suécia naquela edição no Rio e também era a técnica dos Estados Unidos no bicampeonato olímpico de Pequim-2008 e Londres-2012.

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